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Primeiro encontro

Ser Você Mesma no Relacionamento: E se a gente parasse de fingir?

Ser Você Mesma no Relacionamento: E se a gente parasse de fingir?

Ser Você Mesma no Relacionamento: E se a gente parasse de fingir?

Ser você mesma no primeiro encontro é um assunto que merece nossa atenção. Vamos combinar uma coisa? A gente vive num grande teatro quando o assunto é relacionamento. Parece que, antes de cada encontro, recebemos um roteiro invisível que diz: “seja legal, mas não demais”, “seja interessante, mas não intimide”, “mostre que você é autossuficiente, mas também que precisa de alguém”.

É uma loucura.

A gente entra em cena, respira fundo e começa a atuar. E, por um tempo, até que funciona. Os aplausos vêm em forma de um segundo encontro, de uma mensagem no dia seguinte. Mas… e o cansaço? Aquele sentimento lá no fundo de que, se a outra pessoa descobrisse quem a gente realmente é, com nossas manias, medos e gostos esquisitos… o show acabaria.

Se você se reconheceu nisso, fica aqui comigo. Este não é um texto pra te julgar. É um abraço. E um convite para a gente rasgar esse roteiro juntas e descobrir o que acontece quando a cortina cai.

Os papéis que a gente aceita sem nem ler o contrato

Sabe, eu já estive nesse lugar de tentar me encaixar. A gente acaba caindo nuns personagens que nem são nossos, mas que parecem… seguros.

  • A “Descomplicada” de Plantão: Ah, essa é clássica. É a mulher que topa tudo, que nunca reclama, que finge que ama futebol de domingo só pra agradar. O problema é que, por dentro, a gente só queria estar em casa, de pijama, vendo série. Tentar ser essa pessoa que não precisa de nada é um cansaço, né? Uma hora a conta chega.

  • A “Mulher-Maravilha Inabalável”: Essa não tem um minuto de fraqueza. A agenda é cheia, a carreira vai de vento em popa e a palavra “insegurança” não existe no seu dicionário. A gente veste essa armadura achando que vai impressionar, mas a verdade é que ela impede o que a gente mais quer: um abraço de verdade, alguém que veja além da capa de heroína.

  • A “Fofa que Concorda com Tudo”: Essa aqui tem medo de ter opinião. “O que você quer comer?”, “Tanto faz”. “Que filme quer ver?”, “O que você escolher tá ótimo”. No início, parece que estamos sendo fáceis de lidar, mas, com o tempo, a gente vai sumindo. E ninguém se apaixona por um eco.

O mais doido é que a gente não faz isso por maldade. A gente faz por medo. Medo de não ser suficiente. Mas, ironicamente, essa atuação é o que mais nos afasta de um amor de verdade.

O peso do personagem: quando atuar no amor te adoece

Vamos ser brutalmente honestas? Fingir ser outra pessoa é um vazamento constante de energia.

É aquela sensação horrível de não se reconhecer, de sentir uma pontada de “essa não sou eu” toda vez que você dá uma opinião que não é sua. É o esforço mental de lembrar o que você disse, o que inventou, qual é a “versão oficial” da sua vida.

Isso não é só cansaço, é um curto-circuito interno. A sua cabeça sabe que você está fingindo, e seu coração sente a falta de uma conexão real. Essa briga interna gera uma ansiedade que não vai embora, que fica ali, como uma música de fundo irritante.

E o pior: cada “sucesso” da sua personagem te faz se sentir menor. Cada vez que alguém elogia a pessoa que você inventou, uma vozinha lá no fundo sussurra: “Viu? Ninguém nunca gostaria da verdadeira você”. E isso, minha amiga, destrói a gente por dentro.

O convite para sair de cena (e finalmente ser a dona da história)

Então, como a gente quebra esse ciclo? Não é com mágica. É com uma decisão. Uma decisão de ser um pouco mais… você. A cada dia. E isso não precisa ser um drama, pode ser um processo até que divertido.

  1. O primeiro passo é se reapresentar a si mesma. O que você REALMENTE gosta? Sem pensar se é “legal” ou “interessante”. Quais são seus valores que não dá pra negociar? O que te faz rir de verdade? Pegue um café, um caderno e tenha um encontro sincero com a pessoa mais importante da sua vida: você.

  2. Comece com micro-verdades. Ninguém está falando pra você contar seus traumas no primeiro encontro. Mas que tal começar a ser honesta nas pequenas coisas? “Na verdade, eu não curto muito bar lotado, prefiro um lugar mais tranquilo pra conversar”. “Sabe que eu nunca vi esse filme que todo mundo ama?”. Essas pequenas pílulas de honestidade são um treino. E a reação do outro a elas… ah, isso diz TUDO.

  3. Mude a chave: você é quem está escolhendo. Essa é a virada de jogo. Pare de pensar se você é boa o suficiente para ele. Comece a se perguntar se ele é interessante o suficiente para você. Quando você é 100% você mesma, seu jeito, suas opiniões e suas manias se tornam um filtro poderosíssimo. Quem não gostar, faz o favor de se retirar da sua vida. E quem gostar… bom, aí a coisa começa a ficar interessante de verdade.

Pequenos Lembretes para Ser Mais Você (Começando Hoje)

Pensa nisso como uma colinha pra alma, pra ler antes de sair de casa:

Minha esquisitice é o meu charme. As coisas que te tornam diferente são as que te tornam inesquecível.

Honestidade com gentileza. Ser verdadeira não é ser grossa. É só… ser. E dá pra fazer isso com muito respeito.

A reação do outro é sobre ele, não sobre mim. Se alguém não consegue lidar com a sua verdade, isso é um problema de compatibilidade dele. Livramento.

Feito é melhor que perfeito. Ser 1% mais você hoje já é uma vitória gigante. Celebre!

Aquelas perguntas que ficam martelando na cabeça

  1. Tá, mas e se o meu ‘eu de verdade’ for meio sem graça? Primeiro: impossível. Segundo: o que é “sem graça” pra uma pessoa é “fascinante e tranquilo” pra outra. A gente passa tanto tempo tentando ser um espetáculo de fogos de artifício que esquece que tem gente que só quer ver o pôr do sol. Existe um público para o seu show, prometo.

  2. Ser eu mesma não é expor minhas fraquezas muito cedo? Pensa assim: ser você mesma não é entregar o manual de instruções das suas inseguranças de cara. É simplesmente não fingir que elas não existem. É admitir que ficou nervosa, é não ter vergonha de dizer que não sabe sobre algum assunto. É ser humana. E isso, acredite, conecta muito mais do que a perfeição.

  3. Ok, cansei de fingir. Mas dá medo. Como eu lido com a chance de ser rejeitada? Vai dar medo. E a rejeição talvez aconteça. Mas pense nela de outro jeito: não é uma rejeição a você. É uma confirmação de que aquela conexão não era pra ser. É o universo te poupando de meses (ou anos) de uma relação fadada ao fracasso. Cada “não” de uma pessoa errada te deixa um passo mais perto do “sim” de quem vai te amar por inteira.

O amor que você quer, quer a você de verdade

Chega de se esgotar em papéis que não te cabem. A pessoa certa para você não está procurando uma atriz premiada. Ela está procurando por alguém real, com quem possa dividir os dias bons, os dias ruins e as manias mais bobas.

Essa pessoa é você. A de verdade. A que talvez tenha uma risada alta demais, um amor profundo por livros ou uma coleção de meias coloridas.

A jornada para ser você mesma no relacionamento é, antes de tudo, uma jornada de volta pra casa. E que delícia é ser encontrada em casa, sendo simplesmente quem a gente é.

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